Duane Michals, 1974
artigo de Luis C Girão
"Celebrando em 2015 seus 150 anos de publicação, Alice In Wonderland é um dos mais consagrados clássicos da literatura infantil, sendo referência para diversos autores, ilustradores e pesquisadores até a atualidade. Publicamente inspirada pela obra-prima de Lewis Carroll, a autora-ilustradora Suzy Lee teve seu título Espelho impresso em território brasileiro pela editora Cosac Naify em 2009. O livro-imagem, composto por narrativas pictóricas sem qualquer código verbal, expõe a estória de uma garota que interage com o seu próprio reflexo e, em determinado ponto, cruza a margem/dobra central do livro - espaço este que separa os mundos da realidade e da imaginação. Assim como Alice atravessa o espelho da sala de casa para ver o mundo pelo outro lado nas palavras do autor britânico, a protagonista entra no espaço central da página dupla nas imagens da book artist sul-coreana. Buscando expor sintomas de memória, com base nas teorias do historiador da arte Aby Warburg e do semioticista Iúri Lotman, propomos para a presente comunicação analisar a relação Imagem-Palavra entre as publicações de Lewis Carroll e Suzy Lee. Para concentrar nossas reflexões sobre o diálogo entre palavras e imagens, fazemos uso dos escritos de especialistas em literatura infanto-juvenil como Perry Nodelman e David Lewis, bem como nos referenciamos nos trabalhos de Georges Didi-Huberman e Philippe-Alain Michaud acerca do trabalho de Aby Warburg com o seu atlas Mnemosyne."
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