Larissa Clause
Larissa Clause
Larissa Clause
"Larissa is an Illustrator hailing from Tyler School of School of Art in Philadelphia. She enjoys tea parties and illustrating the more whimsical side of life--with a dash of epic and a pinch of fantasy."
I just found these beautiful pictures by Larissa Clause which illustrate non existing covers for Lewis Carroll's books. The pictures open a large field of artistic associations in a heritage that evoke the classical paintings by Giuseppe Arcimboldo (1527 - 1593). The labyrinthine Arcimboldo creatures instigated artists from romanticism to surrealism, with developments in contemporary art. This fellowship includes Salvador Dali and the mexican painter Octavio Ocampo.
In Larissa's paintings the characters are assembled by objects which have a key importance in the books creating visual arguments that play with shapes in a game of a allegoric and oneiric logic.
Adriana Peliano (me) created a series of characters and illustrations for both Alice books also using assembling metalinguistic procedures. Follow me
Adriana Peliano, Frog Footman
In Larissa's paintings the characters are assembled by objects which have a key importance in the books creating visual arguments that play with shapes in a game of a allegoric and oneiric logic.
Adriana Peliano (me) created a series of characters and illustrations for both Alice books also using assembling metalinguistic procedures. Follow me
Adriana Peliano, Frog Footman
Octavio Ocampo
Octavio Ocampo
Octavio Ocampo
Ocampo is known for several works in his sometimes wryly sardonic, sometimes evocative paintings in which detailed images are intricately woven together to create larger images - the optical illusions fading back and stepping forward as you study the pieces, notice the details, and finally recognize the large scale intention. This is what Octavio Ocampo terms his "metamorphic" style." continue
Follow few texts about this artistic procedure of creating characters trough symbolic and alegoric objects, but you won't be able to read unless translate it! Most are fragments from the book by Roland Barthes - The obvious and the obtuse.
"Giuseppe Arcimboldo (1526 or 1527 – July 11, 1593) was an Italian painter best known for creating imaginative portrait heads made entirely of such objects as fruits, vegetables, flowers, fish, and books – that is, he painted representations of these objects on the canvas arranged in such a way that the whole collection of objects formed a recognizable likeness of the portrait subject." continue
Follow few texts about this artistic procedure of creating characters trough symbolic and alegoric objects, but you won't be able to read unless translate it! Most are fragments from the book by Roland Barthes - The obvious and the obtuse.
"Giuseppe Arcimboldo (1526 or 1527 – July 11, 1593) was an Italian painter best known for creating imaginative portrait heads made entirely of such objects as fruits, vegetables, flowers, fish, and books – that is, he painted representations of these objects on the canvas arranged in such a way that the whole collection of objects formed a recognizable likeness of the portrait subject." continue
Apontamentos sobre as cabeças alegóricas de Arcimboldo:
incluindo fragmentos de Roland Barthes em "O óbvio e o obtuso".
"Arcimboldo passa virtualmente de uma pintura newtoniana, fundamentada na fixidez dos objetos representados, para uma arte einsteiniana, segundo a qual o deslocamento do observador faz parte do estatuto da obra." (Barthes, O óbvio e o obtuso)
Suas obras mais representativas e transgressoras na época eram as várias cabeças compostas, onde retratavam perfis humanos, feito colagem, junção de bichos, plantas, objetos que compõem alegorias labirínticas. Fragmentos, objetos e signos justapostos que exigem do espectador a lentidão do olhar, a postura de observador e dedicação para decifrar a multiplicidade e sofisticação de detalhes da imagem. (Araújo, O bibliotecário, 2008)
Por outro lado, sua técnica e exigência da atenção, parecem anunciar pela profusão de colagens, formas, traços, texturas, objetos e signos um novo tipo de leitor - o leitor “fragmentado, movente”, segundo Santaella. Não importa, ensimesmados, os leitores desconfiam, juntam fragmentos aqui e ali para comporem e incorporarem a imagem múltipla, fugidia, um universo que se confunde e se mescla com o real e com a imaginação. (Araújo, O bibliotecário, 2008)
Arcimboldo, Spring
Arcimboldo desfaz objetos familiares para produzir outros novos, estranhos, por um verdadeiro ato de violência, que é o trabalho do visionário. Outras vezes faz metáforas somente mudando os objetos de lugar: substitui os dentes do personagem que representa a água pelos dentes de um esqualo, não toca no objeto, mas faz com que ele salte de um reino para outro. A metáfora é aqui a exploração de uma identidade, até mesmo uma tautologia que simplesmente deslizou e mudou de contexto. (Barthes, O óbvio e o obtuso)
"O exercício dessa imaginação mágica não depende apenas da arte, mas também do saber: promover metamorfoses é um ato do conhecimento; todo saber está ligado a uma ordem classificadora; aumentar ou simplesmente mudar o saber é experimentar, por operações audaciosas, o que subverte as classificações do bom senso e do hábito."(Barthes, O óbvio e o obtuso)
"Para o século de Arcimboldo o monstro era uma maravilha.
A maravilha, ou o monstro, é essencialmente o que transgride a separação dos reinos, mistura o vegetal e o animal, o animal e o humano; é o excesso enquanto muda a qualidade das coisas: é a metamorfose, que faz oscilar de uma ordem à outra."(Barthes, O óbvio e o obtuso)
Uma concha vale por uma orelha, é uma metáfora. Um amontoado de peixes vale pela água – na qual vivem – é uma metonímia. O fogo torna-se uma cabeça flamejante, é uma alegoria. Enumerar os frutos, os pêssegos, as pêras, as cerejas, as framboesas, as espigas para dar a mostrar o verão, é uma alusão. Repetir o peixe para fazer dele aqui um nariz e ali uma boca, é uma antanaclase (repito uma palavra fazendo-a mudar de sentido). Evocar um nome por outro que tem a mesma sonoridade é uma anominação: evocar uma coisa por outra que tem a mesma forma (um nariz pelo rabo de um coelho) é fazer uma anominação de imagens, etc. (Barthes, O óbvio e o obtuso)
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