Adriana Peliano |
Adriana Peliano Allis Anis: Clara Campos / foto: Gabriela Rassy |
Era um dia Is. Veio uma noite Lis. No seu céu sem nuvens uma chuvem de coelho branco desbrochava e passarinhava dentro de um sonho acordado da menina Ali sim. Quando tão pequena antes de dormir, seus sonhos se soltavam como bolhas de sabão envoltecendo seus céliocílios de ventamias e brisabrilhas. Bastava escolher o mais querido e Ali se ir. A bolha então expandia e explodia e irradiava luzes e desejos de anuventuras. Nasceu Ali seu amor pela nuvem e desde então olhava o céu e desejava que uma plumida maciez galante virasse um coelho branco só para ela. A nuvem então destilava jasmininas e a thumbelinda se bebia em sonhos e sonos e sons e oms e tão bom e mãos e aõs e ans e assim ali se ia.
Adriana Peliano foto: Gabriela Rassy |
Antes de acordar ela abraçava tanto a nuvem que achava que iria então voltar com ela para sua quase nuvem da cama de cá, feita de travesseiros de plumas e penas e pêlos e peles, lençóis molhados e névoas em véus e dorcéus de voal voando para dentro de sua toca toque em seus subterrâneos telúricos de algodão. A nuvem em pêlo então nuvenceu e a menina acordou e descobriu que podia ali se plantar em pólens de sonhos e bolhas de condão de lua de mel em coelhos de licor de melissalis e então ninar e mimar a sua sede de infimito. E assim choveriam lágrimas em flor e néctar de ardor.
Adriana Peliano foto: Patrícia Saito |
Os sonhos plantados foram enfeitiçados pela noite dela e açucarados por poeiras magicósmicas, explosões de estrelas e olhares que convidam para além do oceamo. A nuvem entumeceu. A nuvem suspirou. A nuvem anuviou bolhas de cristal, sementes pluviais de peladelos amaravilhosos. A nuvem transbordou. As bolhas bolharam, borbolharam e borboletaram bolhuras. Nesse dia a nuvem chorou sonhos de lágrimeninas. A florrio Allis e a nuvem coelho se desfaleceram em petalágrimas que iriam brindar brincando o jardim da menina Alice, aquela de tanto tempo, aquela que desmilinguiu de saudades, aquela que olhou nos olhos do professor de amartemática num passeio de barco e vislumbrou uma porta para o impossível. Sobre o rio rindo de risos e riscos eles plantaram um sonho aonde flornasceram fontes de desejos e eterno encanto.
Adriana Peliano Allis Hybris: Clara Campos / foto: Marina Peliano |
Adriana Peliano Allis Hybris: Clara Campos / foto: Gabriela Rassy |
Das coelhuras da meninoite chovejam duas floresminas – Allis Hybris e Allis Anis. A nuvem chorou rios de gotas de játeameixa e lástima, mares de florestas de flores e amores e amoras em corações de copas, aonde meninas podem perder a cabeça e se desflorar e se tornar rainhas antes da flora. Alis Hybris é de um vermelho alicinógeno. Um vermelho oleo dançante de gordas ondas de psicodelicias, de flores vermelhas em olhos de ressaca de perder-se em desmedidas e desmesuras, com a cabeça voando até as nuvens como uma serpente espiraloucada que logo lança a cabeça em seus próprios pés em danças serpentinas e fumaçabismos, cogumelias e alicinações. Se despetala em fantasia e furia de uma rainha de cale-se que quer cortar nossa cabeça em cor e cólera, coroação escarlate e morte, rosas vermelhas e rosas brancas pintadas de sangue, fogozosos de frutas romãs infernais, balões carmesim que explodem princesamantes. Hybrisbrilhante sua flor vermelha proliflora medicinas do balanço manso dos deslimites desejantes do mar de rosas e horizontes magicósmicos para sempre em mim.
Adriana Peliano foto: Gabriela Rassy Bebida Allis Anil Anis
Criação de poção mágica alicinante: Junior WM
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Adriana Peliano foto: Gabriela Rassy Criação de poção mágica alicinante: Junior WM |
E as duas meninas e suas manias – Allis Anil Anis e Allis Rubi Hybris - nascem flores e amorameixas, num suclo fluxofluente de águas e bebidas florescentes, bebidas bebam-me florespíritos de cores místicas, flor de lágrima que quente, lente e sente, entre lentamente sua, sonho em bolhas e borbulhas de um mar sem fim como um conto de fadas em que o mar ondula por cima e engravida a noite de sonhos loucos que aguardam nas cavernas pulsantes do coração o nosso mais interno despetalar, tão sonhado despertar.
Adriana Peliano foto: Gabriela Rassy |
Adriana Peliano foto: Gabriela Rassy |
Hoje nascem as duas meninalistwins em nuvens cem cabeças de uma viagem semfinda em busca do jardim que num outro tempo Alice no País das Maravilhas vislumbrou através de uma misteriosa portinha verde, um jardim de cores que cantam e águas que enfeitiçam dores, odores e amores jorrando desejos de transformação e metamorfases temperadas com saudades do desconhecido. Nessa viagem cada flor que nasce vira também uma bebida bêbada bebame goles e engoles, contagiando sonhos que semeam e brotam e bolham e prolifloram verdadeiros anseios de sim mesma ir.
Adriana Peliano Allis Hybris: Clara Campos / foto: Gabriela Rassy |
Esse sonho é um episódio da estória das meninas Allis, e foi apresentado em performance nos salões CIRCUS HAIR na rua Augusta e na rua Pamplona no dia 31 de agosto de 2013.
Saiba mais nos próximos posts.
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