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9 de jan. de 2012

Alice no Brasil das Maravilhas - Carnaval Beija-Flor 1991

SAMBA ENREDO

Alice no Brasil das maravilhas

Compositores
Pelé, Cláudio Inspiração, Tonho Magrinho e Paulo Roberto
 

Brincando com a imaginação
Hoje sou fantasia
Um lindo beija-flor anunciando
Uma viagem ao Brasil das maravilhas
Atrás do coelhinho apressado
Alice cai no abismo... se perdeu
Descobre a realidade
Ele é o brasileiro
E a brasileira aqui sou eu
Quem sou eu
Quem sou eu
As miragens no espelho
Que o poeta imaginou

No derramar de nossas lágrimas
Surge então a chave pro jardim
Dádiva da nossa natureza
Criando um país assim
Um gigante às vezes tão pequeno
Entre licores e pudins
E amanhã, o que será
Respondam: o que será de mim

Lagarta ou borboleta
Peão ou rei
Hoje vão rolar cabeças
Nesse jogo de xadrez
 




SINOPSE 1991

Alice no Brasil das maravilhas


"Entre o sonho e a realidade, deixando correr a imaginação. Alice é feita de coragem e poesia. Alice representa a nossa alma, nosso espírito, nossa vontade, nossos desejos, dúvidas e inquietações. Mas o seu grande valor é que ela, uma menina, não tem medo. Por isso seguiu atrás do coelhinho malandro vestido de verde e amarelo, que somos todos nós.


Olhando o relógio que marca apressadamente os séculos, ele dava no pé, dizendo: estou com pressa, muita pressa. Será que falava do Brasil? O ano 2000 está aí e nós estamos muito atrasados, bastante atrasados. E lá vai Alice atrás do coelho tagarela. Entra na toca do malandrinho e cai no abismo. É o Brasil mesmo.


A caída é longa. Tudo vai para o fundo do poço. No final, Alice chega num grande salão com muitas portas fechadas, outras sem fechaduras, outras abertas sem levar a lugar nenhum. Só não é um beco sem saída porque existe uma portinha bem pequenina, a menor de todas, mostrando um lindo jardim, princípio de floresta, nossa natureza – a Mãe Terra.


Mas a porta é estreita. Alice toma um licor, diminui demais e esquece de apanhar a chave de ouro na mesa de cristal. Come um pudim e cresce, ficando gigante. Desespera-se e começa a chorar, afogando-se em suas próprias lágrimas. Igualzinho como acontece conosco.

E aí aparece o Don Lagarta que pergunta: quem é você? Alice brasileira e nós brasileiros não sabemos responder.

Já perdemos nossas identidades, nossas caras. E o Don Lagarta dá a grande lição de sua evolução. Transforma-se em deslumbrante borboleta. Manda Alice e todos nós seguirmos em frente, em busca de nossos caminhos, enfrentando desafios, descobrindo horizontes, acumulando experiências, e atravessando espelhos conflitantes, para ganhar, finalmente, a grande partida de xadrez da vida."


Joãosinho Trinta


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