Alice in Wonderland (Paramount Pictures, 1933)
Dora Maar
"Pierre Mabille definiu o maravilhoso como uma qualidade particular e verdadeiramente indefinível que se prende a alguns seres, a alguns acontecimentos, a alguns textos, a alguns quadros de algumas épocas, inerente a cada descoberta, a cada encontro perturbador, ou a cada conjunção do desejo com a realidade exterior:
O Maravilhoso exprime a necessidade de ultrapassar os limites expostos pela nossa estrutura, de atingir uma maior beleza, um maior poder, uma maior duração. Ele é a luta de liberdade contra tudo o que o reduz, a destrói e a mutila; ele é tensão, isto é, qualquer coisa de diferente do trabalho regular e maquinal: a tensão da paixão e da poesia.
Aonde encontrar o maravilhoso?
Bom, pensou Alice, vou atravessar. Mergulhar na escuridão completa à procura de nós mesmos é o que fazemos. O silêncio é a profunda noite secreta do mundo. O que desejo ainda não tem nome. Eu sou assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico, labiríntico e paradoxal. Mas agora acho que vou mesmo. Isto é: vou entrar. Quero dizer: no mistério. Para onde vou? A resposta é: vou. Alice atravessou cartografia de geometrias impensáveis, mapas para traz do pensamento. Não quero perguntar por que, disse Alice, pode-se sempre perguntar por que e sempre continuar sem resposta: será que consigo me entregar a uma pergunta sem resposta?"
Adriana Peliano
O Maravilhoso exprime a necessidade de ultrapassar os limites expostos pela nossa estrutura, de atingir uma maior beleza, um maior poder, uma maior duração. Ele é a luta de liberdade contra tudo o que o reduz, a destrói e a mutila; ele é tensão, isto é, qualquer coisa de diferente do trabalho regular e maquinal: a tensão da paixão e da poesia.
Aonde encontrar o maravilhoso?
Bom, pensou Alice, vou atravessar. Mergulhar na escuridão completa à procura de nós mesmos é o que fazemos. O silêncio é a profunda noite secreta do mundo. O que desejo ainda não tem nome. Eu sou assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico, labiríntico e paradoxal. Mas agora acho que vou mesmo. Isto é: vou entrar. Quero dizer: no mistério. Para onde vou? A resposta é: vou. Alice atravessou cartografia de geometrias impensáveis, mapas para traz do pensamento. Não quero perguntar por que, disse Alice, pode-se sempre perguntar por que e sempre continuar sem resposta: será que consigo me entregar a uma pergunta sem resposta?"
Adriana Peliano
The Wonderful expresses the need to exceed the limits set out by our structure, to achieve more beauty, more power, a longer duration. It is the struggle of freedom against all that reduces, destroys and maims, it is tension, ie, something other than the regular and mechanic work: the tension of passion and poetry.
Mirror of the Marvelous:
The Classic Surrealist Work on Myth
Pierre Mabille
Essas fotos de Dora Maar não foram criadas inspiradas em Alice.
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