Pages

20 de jun. de 2010

Alice e Pinóquio

\
Adriana Peliano


Por que não pensar que Alice em suas multinvencionices, não é também uma espécie de fada, como a fada azul do Pinóquio, que vira ovelha e vira a menina de cabelo azul que diz que está morta na janela da casinha branca. Nesse vira vira elas se encontram num jogo de identidades metamórficas, numa brincadeira de faz de conta que não tem fim.


Alice e Pinóquio se encontram na aventura da infância, que cresce e diminui tantas vezes, num mundo onde não existe certo ou errado, mas a eterna criação de novos mundos.




Alice Liddell por Lewis Carroll





AS AVENTURAS DE PINOQUIO (capa)
Carlo Collodi
Tradução de Liliana e Michele Iacocca
Ilustrações de Nino e Silvio Gregori
Edições Paulinas, 1992.

"A menina encontra o "irmão", recupera seu poder e sua graça de Fada, e inicia uma difícil, enigmática história amorosa. Por sua vez, Pinóquio é admitido pela primeira vez à presença do mágico feminino, e ao mesmo tempo, do fervilhante mundo mágico da selva:a feminilidade morta e mortal aparece viva e vital, mas sempre obscura, ambígua, iminente e distante, constante e infinitamente polimorfa.

Batendo palmas três vezes, a Fada chama um Falcão, manda-o soltar a marionete de corda. A deferência do Falcão, "O que manda, minha graciosa fada?", revela-nos a Fada como a Senhora dos Animais, soberana faustosa e arcaica, de poder enorme e oculto. Ela governa animais dos campos e dos bosques, peixes do mar, aves e caracóis, e ela pode ela própria transformar-se em animal. Tudo aquilo que ela toca está em contínua transformação." 

Giorgio Manganelli

PINÓQUIO: UM LIVRO PARALELO
Giorgio Manganelli
Comapnhia das letras: 2002.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Click to get cool Animations for your MySpace profile