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23 de fev. de 2011

Coming soon: Alice [DVD + Blu-ray] by Jan Švankmajer!!!






ALICE
A Film by Jan Švankmajer


know more about the movie HERE


"Czech surrealist Jan 
Švankmajer s Alice (1988) is a creepy and disturbing adaptaion of Lewis Carroll s perennial literary classic, and perhaps the most faithful the original work. Combining a live-action Alice (Kristýna Kohoutová) with a Wonderland filled with threatening stop-motion characters, vankmajer s deliberately crude style of animation, use of close-ups, and rich design work lend the film a pervading sense of unease and a menacing dream-logic which marries a sly visual wit with piercing psychological insight."


Many Extra Features:

All films presented in both High Definition and Standard Definition
Alternative English language version of the feature
Alice in Wonderland (1903, 10 mins): the first screen version of Lewis Carroll s classic
Alice in Label Land (1974, 12 mins): animated COI film by Richard Taylor
Stille Nacht II: Are We Still Married? (1992, 3 mins): first of the Quay Brothers Alice-inspired short music film
Stille Nacht IV: Can't Go Wrong Without You (1993, 3 mins): Quay Brothers second Alice-inspired short music film
Fully illustrated booklet with newly commissioned essays
About the Director
An acclaimed Czech surrealist artist and filmmaker


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"Alice continued along and watched fragments of Švankmajer’s experimental animated film that revealed unsuspected dimensions of herself. Much of the animation was created through an explosive mixture of stop motion and a wide variety of surreal objects and hybrid, bizarre bodies. The characters might be played by machines, socks, clay, antique dolls and toys, meat, and even skeletons and the remains of bodies used in taxidermy experiments. The settings were ruins: decadent, subterranean landscapes, transformed into a somber and dissolute atmosphere.




Švankmajer adapted Carroll’s story according to a personal dialogue with the dream world and his own childhood: a world inhabited by desires, latent sexuality, fears, anxieties, mysteries, and obsessions. We are also confronted with our own childhood, our own Alices, fears, and shadows: inner alchemies. Each time we watch the film, we dream anew and Alice becomes a different one, among silences and whispers. I am reminded of the letter Paulo Mendes Campos gave to his daughter, Maria de Graça, when she turned fifteen and received Alice as a present: This book is crazy, Maria, the meaning is inside of you."

read the whole article here

This text originally appeared as an article in:
Winter 2011
Volume II Issue 17
Number 87



"Em suas aventuras Alice penetrou na animação experimental de Jan Švankmajer  que revelou dimensões insuspeitadas sobre ela mesma. Grande parte da animação era desenvolvida através de uma mistura explosiva de stop motion, objetos e uma ampla variedade de sucatas e corpos híbridos e bizarros, contracenando com atores e ações humanas. Seus personagens podiam ser interpretados tanto por pessoas reais, quanto por máquinas, meias, esculturas de argila, bonecas e brinquedos antigos, carnes, até esqueletos e corpos de restos de experiência de taxidermia. Objetos antigos, quebrados, sem utilidade, quase incompreensíveis, mesmo perversos.... Os cenários eram ruínas, paisagens decadentes e subterrâneos transformados numa atmosfera sombria e decadente.





 Alice foi o primeiro longa metragem de animação de Jan Švankmajer , legendário e experimental animador tcheco que desde meados da década de 60 realizava filmes bizarros e inquietantes. Seguindo uma forte tradição de animadores da Europa Ocidental e particularmente o movimento surrealista tcheco, descendente direto do maneirismo do século XVI. Esse universo remetia diretamente aos antigos gabinetes de curiosidades dos séculos XVI e XVII, que reuniam coleções de espécies bizarras e objetos inusitados trazidos de viagens para terras distantes.







 Švankmajer  não procurava seguir os objetivos do Lewis Carroll, mas o seu próprio mundo de obsessões, não o que o autor quis dizer mas aonde a obra levava a sua imaginação. Crescendo e diminuindo para passar por uma série de portas e gavetas, a Alice de Švankmajer  se deparava num universo assustador. A protagonista era interpretada por uma menina de carne e osso que quando diminuía, se transformava numa boneca antiga, que passava a conviver num mundo fantástico, povoado por esqueletos de aves que atiravam pedras, sapos e ratos empalhados, louças com línguas obscenas e entre tantas outras imagens bizarras.







Švankmajer  acreditava numa afinidade espiritual entre sua Alice e a Alice de Carroll já que a obra de arte é sempre uma negociação entre universos criativos de diferentes artistas assim como do público das obras. “Mas o surrealismo não é arte.” Retrucou Švankmajer . “É um caminho espiritual, uma jornada nas profundezas da alma, como a alquimia e a psicanálise. Não é uma viagem individual, mas coletiva. Uma atitude diante da vida e do mundo”.  “First, you must close your eyes, or you won’t see anything”. Diz a Alice de Svankmajer no início do filme.





“Se for comparar o sonho com algo, comparo com a infância”. Em Alice o artista retornava à imaginação de sua infância, relembrando antigos contos que provocavam medo, horror e ansiedade. “Eu nunca vi a minha infância como algo que eu deixei para trás”. O mundo de Alice era fermentado pela própria infância com suas obsessões e ansiedades, uma criança ameaçada por suas fantasias povoadas por criaturas num mundo estranho, irracional, grotesco e macabro. Se renda a suas obsessões, disse o alquimista. Não existe nada melhor. Obsessões são relíquias da infância e os mais preciosos tesouros vêm das profundezas da infância. Você deve sempre deixar as portas da sua infância abertas. Não falo do consciente e das memórias, mas dos sentimentos e do inconsciente. Imaginação é subversiva pois coloca as possibilidades diante da realidade. "Criatividade é um processo de liberar as pessoas." Lembro-me agora da carta de Paulo Mendes Campos para sua filha Maria da Graça, ao completar 15 anos e receber Alice de presente. “Esse livro é doido, Maria, o sentido está em ti.”" Adriana Peliano



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