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18 de ago. de 2010

ALICE pela Cia. espaço em BRANCO

 
Foto Tiago Coelho


Free adaptation inspired on the books of Lewis Carroll. The play is a big game where the public is invited to participate. The performance does not intend to tell the story, but propose an abstract construction of meanings for the Alice books. ALICE is an invitation to experience the Land of Coincidences, a journey that everybody constructs together.
 

Foto Rafael Avancini


"A Cia. Espaço em BRANCO de teatro é um coletivo de artistas que desde 2004 trabalha e desenvolve-se na intenção de estimular a arte em diferentes direções, em todas as suas ações tem como objetivo ir além do teatro convencional. Produz espetáculos mode que conjugam a arte e a tecnologia criando um link entre as duas e extrapolando as barreiras do palco. Seus integrantes vêm ampliando seus territórios de experiência estética e nela se reúnem na criação de espetáculos teatrais que, hoje, apóiam-se na pesquisa da performance art.


ALICE é livremente inspirada nos livros de Lewis Carroll, “Alice no País das Maravilhas” e “Alice Através do Espelho”. Aborda o universo nonsense das obras originais através da performance art, propondo o diálogo entre tecnologias, a autonomia do performer e a liquefação das barreiras entre arte e vida, bem como entre palco e platéia.


Cartaz Talita Hoffman


Com direção e atuação de Sissi Venturin, cuja intenção foi trazer a platéia ao diálogo criativo mais intenso, a obra coloca os espectadores dentro da cena, ou do buraco de “Alice”. Convidados de um banquete de Desaniversário, a Hora do Chá, o público é parte do jogo de cartas, do jogo da peça. Há uma área central delimitada por pratos com novelos de lã e xícaras de chá, onde doze pessoas sentam-se. Toda a platéia está ao redor dessa área, a cena é coordenada pela atriz, que ali desenvolve células de ações, muitas delas com participação do público em tarefas simples.


Essa interação permite que o espectador tenha com a obra uma relação além de visual, tátil. O paladar é um dos sentidos explorados, no desenvolvimento das ações diferentes comidas são servidas nesse banquete. Os dizeres “Coma-me” e “Beba-me”, presentes no primeiro livro de Carroll, foram mote para a criação das cenas. Lygia Clark, artista brasileira, é referência: suas obras “Canibalismo” e “Babá Antropofágica”são reverenciadas na peça.
 

Em ALICE o prato principal é o corpo da atriz, servido em situações que trazem à tona alguns dos personagens dos livros, todos vividos por ela. Utilizando- se da obra de Lewis Carroll para refletir sobre a sociedade, a arte e sua própria vida, apresenta uma performance que não pretende contar a história de “Alice”, mas ser uma construção abstrata preenchida de sentido pela platéia na intenção de nela identificar-se, assim como são os livros. A atmosfera é onírica, desfaz a linha narrativa permitindo uma compreensão principalmente sensorial."






Cia. espaço em BRANCO:


Adriana Peliano 
sobre o espetáculo



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