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28 de mai. de 2015

Nos 150 anos de "Alice", lançamentos vão de HQ a livro de empreendedorismo

Rodrigo Casarin

Leiam na UOL matéria completa sobre os lançamentos literários no desdesaniversário de 150 anos de Alice no País das Maravilhas.

Segue um trecho no qual participo...

Adriana Peliano

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Com aposta semelhante, a Zahar relançará sua edição, que reúne em um só livro tanto "Alice no País das Maravilhas" quando "Através do Espelho e o que Alice Encontrou por Lá", sendo que esse segundo contará com um episódio extra: "O Marimbondo de Peruca". Quem assina as ilustrações da obra e o depoimento que acompanha o texto de Carroll é Adriana Peliano, designer, artista plástica e presidente da Sociedade Lewis Carroll do Brasil.

 Mundo de ponta cabeça 

 É Adriana quem comenta como "Alice" continua atual e relevante. "Ela é viva e desafia todo saber instituído despertando a multiplicidade caleidoscópica da metamorfose de tudo o que existe. Um livro de perguntas móveis e mutantes que nos convida a procurar o jardim das inesgotáveis possibilidades criativas que existe em cada um de nós."

 Conquistando leitores dos mais diversos, tanto em termos de faixa etária quanto de gerações, as formas de se ler Alice foram se renovando durante os 150 anos da obra. "A importância de Alice sempre se renova, seja na arte, na cultura, nas viagens da imaginação... Ela atravessa o surrealismo, a psicanálise, a filosofia, a física quântica, a semiótica, a psicodelia, desafiando nossa necessidade de interpretar, explicar e enquadrar o mundo em categorias e conceitos preestabelecidos", diz Adriana.

A diretora da Sociedade Lewis Carroll do Brasil destaca que a obra, ao ser lida e relida, sempre apresenta novos caminhos e possibilidades, desde que o leitor "cultive internamente a ardente curiosidade e a busca pela diferença que Alice encontra em si mesma durante sua viagem". Adentrando no campo filosófico, lembra que o clássico remete à lógica aristotélica, "convidando o paradoxo e o nonsense a desafiar o racionalismo, o bom senso e o senso comum, assim como as categorias e formas fixas do pensamento. Ela vai pouco a pouco perdendo as suas referências e conceitos sobre o tempo, a identidade, a lei, a linguagem, a moral, a lógica, a realidade, a consciência e o sentido. Ao perder essas referências, somos todos convidados a nos reinventar".

 Tudo isso, evidentemente, acabou por, além de conquistar leitores e fãs, também influenciar grandes escritores. A própria Adriana se lembra de uma carta que Paulo Mendes Campos escreveu para Maria da Graça, sua filha, na qual dizia sobre a obra: "esse livro é doido, o sentido está em ti!" Esse mundo também é doido, que sentidos estão em ti?.

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